Hoje entrei na Livraria Saraiva para comprar um livro para uma amiga que fez quinze anos que, como eu, é uma boa leitora. Quando sei que a pessoa gosta de ler não penso duas vezes no presente. Mas eu acho que os livros estão muito caros, muito mesmo. Um dos mais baratos custava R$25,90. Depois dizem que o país não anda, não se desenvolve. Como as pessoas podem saber sobre assuntos diferentes, ter uma linguagem adequada, se um livro custa tudo isso? Outra coisa irritante é o hábito que as escolas criaram de mandar os estudantes lerem livros antigos e difíceis e, para piorar, os professores ainda reclamam que seus alunos não gostam de ler. Como gostar de ler se metade dos livro pedidos nos vestibulares não são tão bons quanto os best sellers? O nome já diz, os mais vendidos são, na maioria das vezes, melhores. Daqui a uns cem anos as faculdades focarão nos livros que lemos atualmente, mas os costumes serão diferentes, a linguagem poderá sofrer mudanças e, novamente, os jovens não gostarão de ler os livros que lemos hoje.
Outra reclamação muito ouvida: Por que as pessoas não gostam dos livros brasileiros? A resposta é muito simples: porque não existem muitos escritores brasileiros, porque o governo não divulga a literatura. Então, não podemos reclamar das pessoas leigas e com escrita e fala péssimas, pois a culpa não é delas, como mudar as pessoas se assistir à televisão ou ficar na internet parece ser muito melhor e mais útil que abrir um livro? Vamos acordar! Vamos incentivar a leitura! Empreste livros, converse com outras pessoas sobre eles, mostre o quanto é ótimo escapar da realidade. Passe o hábito principalmente para as crianças, pois elas são o futuro do nosso país. Talvez daqui a alguns anos possamos ter representantes dignos, como tantos reclamam.
Giovanna Rissato
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